Há 93 anos, em 14 de julho de 1930, o Brasil entrava pela primeira vez em campo para disputar uma Copa do Mundo. O cenário era o Parque Central, em Montevidéu, Uruguai, onde a Seleção Brasileira vestia branco para enfrentar a Iugoslávia. Apesar do resultado desfavorável, 2 a 1 para os europeus, aquele dia ficaria marcado como o início de uma jornada futebolística que se estenderia por décadas.
A preparação para o Mundial no Uruguai foi marcada por desafios internos, com uma briga entre dirigentes paulistas e cariocas, resultando em um boicote à convocação por parte da Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA). O time brasileiro, formado majoritariamente por jogadores do Rio de Janeiro, não contou com estrelas como Friedenreich, que atuava pelo antigo São Paulo.
O jogo contra a Iugoslávia revelou a disparidade de forças naquela época. No primeiro tempo, os iugoslavos dominaram com passes rápidos e tática sólida, abrindo o placar aos 21 minutos com Tirnanic. Bek ampliou a vantagem aos 31', deixando os brasileiros atônitos. Embora o Brasil tenha se recuperado no segundo tempo, buscando um gol histórico, a vitória ficou com a Iugoslávia: 2 a 1.
O momento memorável e doloroso ocorreu aos 17 minutos da segunda etapa, quando Preguinho marcou o primeiro gol do Brasil em Copas do Mundo. Uma tentativa de reação, porém, não foi suficiente para superar a desvantagem. Três dias depois, a Iugoslávia eliminaria o Brasil ao golear a Bolívia por 4 a 0.
Apesar da eliminação precoce, aquela partida inaugural simbolizou o nascimento de uma tradição mundialista para o Brasil. A jornada na Copa do Mundo de 1930 foi breve, mas a chama futebolística estava acesa. No cenário atual, olhamos para trás com empatia, lembrando aqueles que deram os primeiros passos rumo à construção da rica história da Seleção Brasileira em Copas do Mundo.