Na década de 1950, o Internacional adotou um símbolo que transcenderia décadas, transformando-se no icônico mascote conhecido como Saci-Pererê. Essa escolha não foi por acaso; o "Negrinho", como era inicialmente chamado, tornou-se uma figura emblemática nas páginas esportivas de jornais como a antiga "Folha Desportiva" e "A Hora".
O objetivo era claro: identificar o Internacional como um clube do povo, enfatizando sua força e determinação para vencer em cada competição. O "Negrinho" era mais do que um símbolo; era a representação do espírito guerreiro que impulsionava o time nos campos de futebol.
Com o tempo, essa figura evoluiu, transformando-se no Saci-Pererê, uma figura lendária da cultura popular brasileira. O Saci é representado por um jovem negro com apenas uma perna, usando um gorro vermelho na cabeça. Essa escolha foi uma analogia perfeita para retratar o que o Internacional fazia nos campos: superar desafios e competir com garra.
Em uma época em que muitos clubes de futebol no Brasil não abriam suas portas aos negros, o Internacional destacou-se ao adotar uma postura inclusiva, alinhada com o Vasco da Gama. A escolha do Saci como mascote reforçou a imagem do Internacional como um clube de todos, onde a força e a paixão pelo futebol uniam as pessoas, independentemente de sua origem.
Hoje, o Saci-Pererê continua a ser não apenas o mascote do Internacional, mas uma representação viva da identidade inclusiva e vitoriosa do clube, que transcende gerações e permanece gravada na memória dos torcedores colorados.
